BLOG do ARANHA

17 setembro 2008

ZÁRATE É A ESPERANÇA DE GOLS DO FOGÃO


ESPERANÇA DE GOLS - Desde que estreou com a camisa do BOTAFOGO no empate em 1 a 1 com o Náutico, no dia 30 de agosto, Leandro Zárate passou a conviver com uma realidade diferente. O atacante, que chegou sob grande expectativa, foi muito criticado pela forma física apresentada na partida. Pouco acostumado aos holofotes, o artilheiro do Campeonato Argentino da Segunda Divisão, com 19 gols, mostrou-se surpreso com tudo o que leu e ouviu desde então.
A semana que começa pode ser decisiva para Zárate. Desde a partida contra o Náutico, o argentino passou a ter uma carga ainda maior de treinamentos e sua dieta passou a ser ainda mais rigorosa, que já mostrou resultados. Tudo para que ele possa enfrentar a Portuguesa, no próximo domingo.
Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE. COM, o atacante confessa ter ficado magoado com as críticas, mas também admite que não estava em condições ideais para enfrentar o Náutico.
GLOBOESPORTE.COM: Qual a avaliação que você faz da sua estréia pelo Botafogo?
Zárate: - Não estava na condição física ideal, mas não podia dizer não ao treinador naquela ocasião. Também queria muito jogar. Mas venho treinando muito desde então e, se o técnico quiser contar comigo a partir de agora, garanto que estarei muito melhor.
O que mudou no seu treinamento desde a partida contra o Náutico?
- Tenho trabalhado quase todos os dias em dois turnos. A intensidade não mudou, apenas a quantidade aumentou. A dieta está mais rigorosa. Agora estou orientado a me alimentar sempre no clube, para que tudo ocorra dentro do planejado.

Muito se falou sobre o seu peso. Como você está nesse aspecto?
- Desde a partida, perdi quase três quilos e sinto-me bem. Mas isso não é o mais importante para mim. O que preciso é ritmo de jogo. Estive de férias durante um mês depois do Campeonato Argentino, perdi alguns treinos tratando da minha regularização e ainda não pude atuar 90 minutos.
Qual foi sua reação ao acompanhar na imprensa as críticas em relação à sua atuação e à sua forma física?
- Fiquei muito ofendido e chateado com o tudo o que li. Nunca imaginei que falariam tantas coisas por causa de 20 minutos que estive em campo. Como disse, não estava bem fisicamente. Além disso, a bola praticamente não chegou até mim, procurei fazer o que técnico pediu. Foi tudo muito rápido.
Existe a vontade de dar uma resposta em campo?
- Não, estou tranqüilo. Quando cheguei ao Unión de Santa Fé, muitas pessoas questionaram a minha forma. Mas comecei a fazer gols, fui artilheiro e ninguém mais falou nada. Sei que se eu tivesse marcado um gol logo naquela primeira chance que tive contra o Náutico, ninguém estaria me criticando agora. Futebol é assim mesmo.
Quais são seus planos a partir de agora?
- Espero aproveitar os meses que faltam até o fim do ano para me adaptar ao futebol brasileiro. A partir de janeiro, quando fizer a pré-temporada com o grupo, acredito que estarei melhor e terei mais condições de mostrar meu trabalho. Tenho contrato de quatro anos com o clube, e espero fazer muitos gols, disputar a Libertadores do ano que vem e conquistar títulos pelo Botafogo.
Após a partida contra o Náutico, Ney Franco assumiu a responsabilidade por escalá-lo de forma precipitada. Como vem sendo sua relação com ele?
- O Ney vem sendo muito justo comigo. Depois da partida nós conversamos, e ele se disse responsável pelo que aconteceu. Minha relação com os jogadores também é bárbara.
Você nasceu em Córdoba, uma cidade do interior da Argentina, tem 24 anos e joga pela primeira vez fora de seu país. Atualmente vive em Copacabana, um bairro muito movimentado do Rio de Janeiro. Como tem sido essa adaptação?
- Moro com minha mulher e dois filhos, e a presença da família ajuda a superar as dificuldades. Nós gostamos de viver num lugar movimentado, mas não costumo sair muito. Meu tempo livre é dedicado à minha família. Também costumo ver muitos jogos do Campeonato Brasileiro na televisão para me acostumar rapidamente ao futebol daqui.
E a adaptação à língua? Já se arrisca no “portunhol”?
- Já consigo entender praticamente tudo do português, mas ainda não falo. De qualquer forma, acho que não terei muitos problemas, porque os idiomas são muito parecidos.

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